Fender Hot Rod Deville

Começo aqui uma série de textos sobre este amplificador que vai render mais um ou dois posts. Anos atrás quando morava na europa resolvi comprar o meu primeiro amplificador valvulado. Já tinha tocado em vários modelos e precisava de um para o meu set mas a grana não era aquela fartura no bolso. Após muita pesquisa achei um baita amp em uma super promoção em uma loja e nem pensei duas vezes. Foi aí que começou a minha história com o Fender Hot Rod Deville que hoje coloco aqui no blog.
O amplificador pelo que pude apurar nasceu em 1996 e é uma versão melhorada e mais barata do clássico Fender Deville. O amplificador tem muitas diferenças em relação aos “tops”, mas ainda assim traz muita coisa interessante e de valor. A proposta dos engenheiros da marca foi resgatar o tradicional som dos clássicos valvulados Fender com um preço bem mais em conta. Será que conseguiram? Vamos descobrir isso ao longo destes posts.

É um amplificador para jazz, blues e algum rock não muito pesado. Para quem gosta destes estilos é um prato cheio. Quero fazer aqui não só uma análise aprofundada do aparelho como também colocar problemas e soluções que encontrei ao longo dos anos. Tenho este amplificador a pelo menos uns 7 anos e estudei ele a fundo inúmeras vezes. Antes de entrar em detalhes técnicos vamos falar sobre o amp como ele sai de fábrica e as suas funções.

O painel é bonito, cromado e tem os controles bem organizados. Duas entradas, hi e low, opção de brilho para som limpo, overdrive com dois estágios de ganho, equalização com controle de presença, reverb e loop de efeitos. No painel também tem o jack para o footswich para controlar algumas das funções com o pé. O pedal controla o som limpo, drive e “more drive”. É pena não ter opção de ligar e desligar o reverb nele também.

Além do pedal, acompanha o amplificador uma capa protetora de nylon que é muito boa.
O amplificador já vai na sua terceira versão, e é aqui que começamos a entender como o amplificador funciona e toda a sua evolução.

O meu é da segunda versão e vem acompanhado de dois falantes de 12 que segundo as especificações são “re-issue” projetados pela eminence especialmente para a Fender. Resumindo é uma nova edição recriando detalhes técnicos dos modelos que foram usados nos amplificadores antigos. A versão atual do amplificador conta com um upgrade nos falantes e recebe um par de Celestion G12P-80. Não vou falar muito sobre o modelo atual pois pouco sei sobre ele e nunca toquei em nenhum.
Seria frescura reclamar dos falantes que acompanham o meu amplificador. São ótimos, com um som lindo e definido. Para quem busca um timbre cristalino e equilibrado o upgrade é desnecessário. Quem tiver interesse em um som mais fechado e “cremoso” talvez a troca interesse. Para mim atende bem ao que procuro no amplificador e por enquanto não vou trocar. Detalhe para esse detalhe de falante “genérico” que é o primeiro indício da mentalidade “low cost” que acompanha este projeto e que mencionei lá no início.
Não que seja um fator negativo, mas existem peças muito melhores no mercado mas que iriam deixar o preço do amplificador impraticável. A solução embora barata é ótima e quem não tem grandes exigências com equalização natural do aparelho vai ficar muito satisfeito com a versão original.
O som propriamente dito é lindo, digno de um Fender. Com graves poderosos e agudos límpidos. Uma stratocaster e um tubescreamer podem tornar este amplificador em uma máquina perfeita de blues. A terceira versão só veio por causa de muitas reclamações com o canal de drive. Realmente é um problema pois o drive é muito fraco. É um tubescreamer só que para pior. No meu não uso. Só som limpo e a saturação tiro dos meus pedais. Simplesmente não dá! A nova versão vem com isso melhorado e não pude ainda tocar em um para falar se gosto ou não. O fato é que a graça dos amplificadores da Fender sempre foi o som limpo e deviam seguir mais essa linha. Tentaram inventar uma coisa que não deu muito certo. Para solos até vai, mas para fazer bases é muito pobre.
Agora vamos para os detalhes mais técnicos e onde começam os problemas que surgiram na segunda versão do aparelho que é a que eu tenho.
Visão interna. É só clicar na foto para ampliar:

O controle de volume é um problema crônico nessa versão e todo mundo reclama. No 3 o volume já fica insuportável, e se continuar girando o botão não aumenta muita coisa. Até hoje não entendi qual foi a deles fazer uma besteira assim. Não tem sentido se for pensar em dinheiro. Não sei como criam um projeto e colocam em linha de produção sem antes colocar um guitarrista, por mais novato que seja para testar e dar a sua opinião. Posso estar sendo malvado, mas é o tipo de erro que nenhuma marca deveria deixar passar. O erro foi usar um potenciômetro linear no lugar de um logarítmico. Para quem tem interesse é só fazer a troca e este site AQUI mostra como. Eu fiz, melhorou mas ainda não ficou perfeito. Não alterei o valor resistivo original e isso também foi a causa de não dar tanta diferença. Mas também não vou mais mudar pois eu toco com ele alto mesmo e nunca foi algo muito incômodo para o uso que eu dou.

Agora vamos falar de coisas mais sérias. Logo quando comprei notei nos primeiros dias que enquanto tocava o amplificador dava uns estalos tipo faísca e achei muito estranho. Fiquei encucado e resolvir ter um papo sério com o pai google para saber se era só comigo. Achei esse artigo AQUI que fala sobre um lote mal sucedido de resistores colocados nas placas das válvulas que foram usados nesses amplificadores. Segundo eles, os resistores não são muito bons e “quebram” por dentro gerando faíscas internas e estes estalos no som. Fiquei muito confuso e ao mesmo tempo chateado com isso. Mas não desanimei e resolvi por a mão na massa e resolver o problema. Os resistores originais são de 100k 1/2w. Comprei um pacote de resistores de 100k 1w para garantir. Troquei de todas as placas das válvulas e na inversora por preciosismo coloquei de 2w. Na foto interna que postei os resistores que tanto falo estão destacados com quadros vermelhos.
Não posso afirmar que os estalos eram mesmo disso pois quando fiz essa modificação encontrei algo muito pior e muito mais causador de estalos. As soldas dos sockets das válvulas de power estavam todas rachadas, mal feitas e com bolhas. Foi usado um fio de solda de baixa fusão e com o calor das válvulas ia derretendo e criando mal contato. Removi e refiz todas as soldas com um estanho melhor e com uma fusão mais alta. De qualquer forma os resistores novos e mais potentes não foram um desperdício. Manutenção concluída e estalos nunca mais! Fiz essa manutenção quando o amplificador tinha 15 dias e até hoje ele não dá mais estalos. Era uma coisa ou outra, mas o importante é que ficou resolvido. Tirando esses dois detalhes, os componentes do amplificador são de boa qualidade. Os capacitores são xicon polypropilene. Tem quem mude e coloque uns mallory ou orange drops. Eu até hoje nem me animei de fazer isso já que o som está como eu gosto e estes capacitores que falei são muito grandes e mais chatos de instalar. Um dia com calma quero comprar fio de boa qualidade e substituir por essas fitas de conexão com as válvulas que com o tempo começam a dar mal contato. Não posso falar pois comigo até hoje não deram, mas li que é algo comum de acontecer. O meu amplificador saiu muito pouco de casa e sempre foi muito bem transportado, mas outros que vivem por aí em shows com certeza apresentam problema nas fitas e é bom colocar fios no lugar. A placa do circuito é gigante, toda em fibra de vidro e faz do amplificador um dos mais bem construídos que eu já vi. Adorei a ideia de ligar os transformadores por um sistema bem seguro de encaixes de fios. Para trocar ou fazer manutenção é tudo muito rápido e não compromete a placa com aquela coisa de soldar toda hora. Os capacitores de filtro de alta tensão são horizontais e não temos muito disso no mercado brasileiro. Mas nada que fique caro comprar lá fora e levam muitos anos para serem trocados. O controle dos canais e do “more drive” é feito por relés. Quando se está tocando e pisa para voltar para o limpo ele dá um ligeiro puff, mais uma coisa que não pensaram. Se trocar os canais sem estar tocando a guitarra não existe puff algum. É só quando está tocando. Mas como disse, nem uso o canal de drive dele.
A equalização é tradicional da Fender e não atua tanto quanto as mais atuais que acompanham novos amplificadores. É meio chato de timbrar pois é muito “arcaica”, mas nada negativo e que impossibilite de tirar o timbre desejado.
Após essa introdução ao mundo “HRDV” vamos fazer uma breve pausa e volto com o tema Reverb!

ProcoRat Handmade

Como diriam os “novos antigos”, acho esse pedalzinho supimpa! Uma vez toquei em um original e me deu aquela vontade de ter um. Não que o preço fosse proibitivo, mas achei a construção tão simples que resolvi montar um com componentes selecionados. Não tenho mais paciência para ficar fazendo placa em casa então prefiro comprar pronta. Se fosse fazer muitos pedais ou ganhar dinheiro com isso até pensava no caso.
A caixa de alumínio injetado comprei, medi tudo bonitinho e fiz os furos. Pintei com spray acrílico e finalizei com um verniz mate também em spray. Não adianta, pintar alumínio é complicado mesmo. Qualquer batidinha descasca. Perdi as contas de quantas camadas de tinta coloquei até sentir confiança no resultado final. Até hoje não riscou nem descascou, mas sei por outros projetos que é algo fácil de acontecer. Nada que me preocupe muito pois até acho legal aquele ar “malhado” que alguns pedais usados possuem. Exagerei no azul e nem o led escapou. Coloquei um “zóião” azul de alto brilho que dá para ver de longe se está ligado. Os knobs são um pouco feios e é algo que estou procurando para substituir e ficar com uma estética mais profissional. Os decalques fiz com um papel adesivo transparente e levei para imprimir em uma gráfica. Saiu bem baratinho. Uma folha A4 cheia de in, out, distortion, overdrive, vol, tone, drive custou 2 reais e agora tenho adesivos desses até o final dos tempos. Não fiz nenhum logo ou símbolo “RAT” pois não vejo necessidade uma vez que o pedal é para uso particular e também não ganho nada com isso. E fala sério, é sempre bom manter aquele mistério sobre o que tem dentro! ehehehe

Coloquei um jack DC padrão BOSS para alimentação externa. O clip da bateria está fixado na caixa com cola epoxy. Fiz bases de borracha com os parafusos que suportam a placa e também fixei com cola. Se fosse fazer furos para o clip e suporte da placa acabaria alterando muito a estética final do aparelho. Como não são elementos que suportem grande peso ou pressão foi bem tranquilo. A placa não pesa nada e ficou bem presa dentro da caixa. Utilizei porcas com trava. Nos potenciômetros decidi fazer uma montagem limpa. Uma vez que a placa já estava super firme, fiz as ligações nos potenciômetros com terminais que sobraram dos componentes que soldei na placa. Estava tudo tão perto que não justificava ficar soldando fios. E os fios também quando ficam curvados em tão pouco espaço acabam fazendo bastante força contrária na placa e com o tempo começam a dar mal contato. Todos os componentes foram medidos um a um e soldados. O uso de capacitores de mica no lugar dos cerâmicos deu um som mais macio e menos ruidoso/raspado. Jacks switchcraft que desligam a bateria do pedal quando o jack “in” é retirado, 3pdt garantindo um bypass silencioso sem perdas e fechando a obra um suporte metálico para o led com bordas arredondadas no painel. Saiu muito mais barato que comprar um original e o som ficou incrível. Não alterei nenhum valor do projeto original, só tive um cuidado especial na escolha dos componentes. Ficou igual ou até melhor que o original que me motivou a montar. Já vi gente falando a besteira que pedais handmade são ruidosos. Isso é uma mentira enorme. O problema é que vemos muito serviço porco e realmente só pode dar ruído. No sample que agora apresento usei uma Tagima Strato e o pedal alimentado por uma fonte 9v que fiz e também está aqui no blog. Ruído zero!

Sergio Rosar – Vintage Hot

Quem acompanha o blog sabe que gosto de dar a minha opinião sobre os equipamentos, principalmente nos que possuo pois tenho todo o tempo do mundo para testar e dar a minha sincera opinião.
No passado ano de 2010 resolvi dar um “up” na minha fender. Trata-se de uma fender american standard. Comprei usada e vinha com o captador do braço e do meio originais e na ponte um dimarzio DP-217. O primeiro e antigo dono dela me entregou também o captador da ponte original.  Nunca gostei daquela captação que não contribuía em nada para a guitarra mostrar o que vale. Sempre namorei o set Texas Special da fender e juntei uma grana para colocá-los. Estava certo que iria gastar uns 800 reais +- e a vontade de deixar a guitarra como eu queria era grande. Viola no saco e fui ao luthier. Cheguei e pedi o que desejava. Conversa vai, conversa vem e o profissional guitarreiro me falou….
– Existem estes captadores do Sergio Rosar que são similares e a turma está gostando muito. São nacionais.
Fiquei um pouco confuso e como bom brasileiro que sou não levei muito a sério o negócio. Mas pela metade do que eu ia gastar num Texas resolvi arriscar. Como disse o luthier, na pior das hipóteses vendia e depois comprava os que inicialmente queria.
Até então eu nunca tinha colocado uma captação do gênero em minhas guitarras. Após aqueles longos e agoniantes dias de espera, fui buscar a minha menina…
Gostei muito do que vi e ouvi. Capinhas brancas de boa qualidade e um som muito dinâmico.
O som do set Vintage Hot é realmente quente, tem um ganho bem moderado/alto para singles, apresenta uma equalização super equilibrada com graves redondos e nada percussivos contrariando os captadores realmente vintage. Os médios são equilibrados, uma característica que achei muito boa em comparação aos texas special que recebem uma carga de médios muito acentuada e ligados a um tubescreamer fica ainda mais anasalado e “entubado”. Os agudos não são tão estridentes como na captação original e recebem um toque aveludado e arredondado também influenciado pelo magneto de alnico. Além de todos esses detalhes, reparei que o ruído era inferior aos tradicionais singles que acompanham as guitarras. Praticamente zero.

A construção é profissional e no lugar do plástico injetado usam fibra de vidro que é um material muito mais resistente e não deforma com o tempo. Só tinha visto um acabamento assim nos captadores da marca Seymour Duncan. O banho de verniz que leva é bom e nunca sofri com microfonias mesmo com o volume bem alto.
O set traz os três captadores já calibrados para as suas posições finais, parafusos e borrachas para instalar no escudo. Há quem use molas, mas não é uma solução muito fiável e profissional. Sou tradicional nessas coisas. O ideal é comprar o set pronto para evitar problemas de ganho. Quem quiser mesclar com outros captadores pode consultar um técnico de confiança ou  falar diretamente com o fabricante.
Um dia vi uma citação no mínimo curiosa em um fórum gringo onde na assinatura um dos usuários dizia: “tudo que se diz vintage não tem nada a ver com vintage”.
Como em outras áreas comerciais, o mercado de instrumentos e acessórios sofre com um marketing violento que usa nomes fortes como blues, vintage, rock, 59′ para passar uma ideia que não corresponde em nada com o que era feito antigamente. Esse set de captadores não se parece em nada com um captador vintage, mas ainda assim tem qualidades muito boas e permite ao instrumento moderno ter uma tonalidade mais clássica.
Intrigado com toda essa pressão e propaganda do mercado resolvi investigar pela internet e no site do fabricante para ver até onde encontrava detalhes sobre seus produtos. Foi uma leitura muito agradável onde pude entender como são desenvolvidos. Copiar todo mundo copia, e isso está cada vez mais “cara de pau” em tudo quanto é produto nos tempos que correm. O que mais me chamou a atenção foi o artigo onde falam do estudo que fizeram sobre a forma como as stratocasters foram fabricadas ao longo das décadas para desenvolver captadores mais adequados às medidas praticadas e materiais utilizados atualmente. Principalmente no que diz respeito ao diâmetro, altura e espaçamento dos pólos dos captadores. Aí entendi que não se tratavam de simples cópias. Ficou mais claro que é uma versão melhorada dos texas que eu tanto queria. Para quem gosta de um timbre limpo impecável e um som puramente blues recomendo os captadores. Fiquei feliz ao encontrar um produto nacional tão bom ou melhor do que os fabricados lá fora. Não me arrependo do conselho que segui e hoje tenho mais uma guitarra em fila de espera para receber essa captação. Da marca espero que o preço e a qualidade continuem caminhando juntos e de forma justa.
Segue sample em um show. Overdrive utilizado Scream X:

Boss Blues Driver

E segue a saga dos overdrives! A bola da vez é o Boss Blues Driver.
O Blues Driver foi lançado em 1995 após o ressurgimento da moda do blues nos Estados Unidos. O estilo ficou um pouco apagado nas décadas anteriores e teve um “boom” com artistas como Eric Clapton e Gary Moore. O que contribuiu para isso foi também o falecimento do guitarrista Stevie Ray Vaughan que poucos anos antes fez um verdadeiro estrago neste estilo musical. Do ano de seu lançamento até hoje, o pedal é produzido em Taiwan. Para quem tem um, pode consultar o mês e ano de fabricação inserindo o serial neste site aqui: http://www.bossarea.com/serial/sndecoder.aspx
 Dá para consultar outros pedais da marca também. O meu é de Abril de 2007.
Na época em que foi lançado o BD-2, o Tubescreamer já era um nome de respeito no som de overdrive para blues. A ideia foi criar algo novo. O Blues Driver consiste em um pedal de médio/alto ganho com um overdrive mais ardido e extremamente granulado. Enquanto o TS traz um som aveludado, este traz um som raspado e roncado lembrando muito a saturação de válvulas de potência como as 6L6 e vai de um drive limpo ao fuzz com o ganho no máximo. Como falei no post do Scream X, adorei a ideia da dinâmica ao toque que encontrei nesse pedal. Mostro isso no sample no fim do post. Você toca leve, o som sai limpo, e vai saturando conforme o ataque nas cordas.

O pedal vem muito bem construído no seu padrão “BOSS” de ser, com jacks e potenciômetros de grande qualidade. Os potenciômetros além de serem de boa qualidade, possuem um isolamento incrível e é praticamente impossível entrar alguma sujeira neles. Quanto estragam é por mau uso ou desgaste. O pedal é estiloso, com um azul presente marcando a essência do pedal com serigrafia das letras em amarelo. O compartimento da bateria é de fácil acesso e totalmente independente da parte onde fica a placa, assim evitando contato direto das mãos com o circuito na troca da bateria. O pedal consome muito pouco, cerca de 13mA e uma bateria nova dura vários meses dentro do pedal. Lembrando que quando não for utilizar, tirar o jack do “in” do pedal para não existir consumo do circuito. Também tem entrada DC para ser alimentado por fonte.

A placa é bonita e muito bem acabada com trilhas envernizadas. Infelizmente as marcas adoram poupar e como já é costume o material usado é o fenolite. Só não faço disso uma tempestade maior porque a parte onde fica a placa fica guardada é excelente, então não é algo para se preocupar.
O bypass é ativo, feito através de buffers como em todos os outros pedais da marca. Não altera praticamente nada do sinal, então não vejo necessidade de fazer mods. Já vi vários pedais BOSS interligados sem comer sinal. Foi uma solução que funcionou. Há quem não goste e modifique, mas para mim está bom assim.
No primeiro contato que tive com o pedal a primeira coisa que notei logo quando liguei é uma perda de graves quando o efeito está ligado. Para resolver esse “defeito” entre outros preciosismos, surgiram vários técnicos internacionais oferecendo mods para o pedal. O mais conhecido e respeitado é o “Phat Mod” criado pelo renomado técnico Robert Keeley. Este mod resolve o problema dos graves, dá um tapa no ganho e na definição do pedal e de quebra inclui um led bonitão azul no lugar do vermelho que não combina em nada com o a arte do aparelho. John Mayer entre outros usam Blues Drivers com esse mod. Aqui no Brasil o Eugênio da EFX effects oferece essa modificação. No futuro vou fazer no meu, aí coloco aqui a minha opinião.
O pedal como comentei lembra as 6L6 saturadas e procurando um pouco mais na internet percebi que ele foi muito inspirado nos amplificadores da Fender. Existe em seu circuito um equalizador igual ao dos amplificadores da fender.

A única diferença é que ele é fixo no circuito e não possui potenciômetros para ajustar. Mas a ideia é conseguir uma tonalidade daqueles amplificadores. Realmente lembra bem, só poderia vir com os graves fender bons de fábrica, né?

Não sou um grande fã dos pedais da Boss, mas andei namorando por três anos esse pedal até que um dia ganhei coragem, toquei e comprei o meu. É um overdrive com estilo próprio e é bem por isso que nunca saiu de linha desde o seu lançamento. Não é melhor nem pior que outros overdrives, é unico. É um pedal que tenho e não me desfaço por nada. A única coisa que provavelmente vou fazer nele é um “Phat Mod” para ficar 100%. Ahh, O led azul também é essencial!

Samples (Fender American Strat):