Electro Harmonix – Pulsar Tremolo

DSC00225Olá amigos. Mais um pedalzinho para a coleção do site. O pedal de hoje é uma moderna edição do clássico pulsar tremolo da electro harmonix. O pedal conta com muitas novidades e é hoje um dos pedais mais completos de tremolo disponíveis entre as grandes marcas do mercado. Seria injusto tentar levantar aqui os reais motivos que levaram a marca a mudar tão radicalmente de uma versão para a outra. Eu encontrei três grandes motivos:

Entregar ao mercado um pedal muito completo e com grande sonoridade;

Dificultar cópias;

Ter um diferencial enorme em relação ao modelo antigo facilmente clonável;

Você não precisa de muitos clicks para encontrar o esquema com layout e tudo do primeiro modelo. O pedal utilizava um sistema simples de oscilação com transístores e mais alguns componentes. O pedal original soa belo e com ótima consistência.

Mas e o novo o que tanto traz de bom?

Começamos pela placa que já dá uma noção da complexidade do novo circuito:

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É muito estranho um efeito relativamente simples ter um circuito tão grande. A questão é que a engenharia deste pedal é outra. Não utiliza o mesmo sistema do antigo, e sim um poderoso oscilador interno que contempla vários circuitos integrados. As grandes diferenças que encontrei são as seguintes:

Velocidade de oscilação muito maior;

Opção de ligação stereo (bacaníssima por sinal);

Led pulsante;

Talvez a última característica justifique o circuito ser tão grande. O pedal é um barato. O led de acionamento pulsa na mesma intensidade e velocidade do som. Além de ficar muito bonito, você de longe consegue saber como está o tremolo por exemplo antes de entrar tocando. Em silêncio ele continua pulsando. Poderiam colocar um led separado de bypass. Seria bom ele pulsar mesmo com o pedal em bypass. Sou contra led vermelho simples nos pedais. Não me perguntem o motivo. Acho feio, coisa antiga. Me lembra televisão antiga. Com todas as cores e intensidades que temos hoje os caras sempre colocam aquele vermelho sem graça. Seria a primeira coisa a mudar no pedal se fosse ter um.

Como podem ver na foto o pedal é bem construído. Um dos mais bem feitos que eu já vi. Placa dupla face de fibra de vidro toda envernizada. Componentes 100% SMD. Os jacks são muito bons, soldados diretamente na placa e recebem um acabamento muito bacana arredondado. A rosca é maciça e o tubo do jack fica para dentro da caixa como podem ver nas fotos.

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É um pedal sem fio nenhum sobrando no interior. O bypass leva uma chave 3pdt da marca que é de grande qualidade. Só achei o sistema de ligação na placa não tão bem pensado. Usaram um flat cable. Estes cabos arrebentam as soldas com muita facilidade ou então como a fita dobra eles partem por dentro e começam a dar mal contato. Acho muito difícil isso acontecer num pedal e em uma ligação tão curta, mas não custava usar uns bons fios e deixar o negócio extremamente robusto.

O aparelho é incrível. Grande som, grande acabamento. Mas teve uma coisa que não gostei nadinha. O pedal é quase impossível de desmontar. Para retirar a placa da caixa é necessário dessoldar todos os potenciômetros, o que não é tarefa fácil visto que a placa é de dupla face e possui furos metalizados. As chances de arrebentar tudo com o calor são enormes. Para piorar tudo o pedal utiliza no controle de DEPTH um potenciômetro especial duplo com 6 terminais. É muito difícil achar um desses se estragar. Se você precisar desmontar o pedal para reparar outra coisa como uma chave ou um led, pode acabar estragando um componente como esse de difícil aquisição. O fato do pedal ser todo feito em SMD derruba por terra as chances de reparos fáceis. Só com equipamento apropriado. E também não é qualquer loja de eletrônica que vai ter estes componentes. Mas é coisa boa, não creio que estrague assim por nada. Como não consegui desmontar totalmente e o pedal não era meu, dei uma espiadinha por baixo da placa com um espelho para saber o que tem na outra face:

DSC00238Nada de mais. Apenas algumas poucas trilhas que levam o sinal aos jacks e etc. Nenhum componente. A mágica do circuito acontece em uma só face da placa mesmo.

Conclusão:

Eu comprava fácil. Falei pouco sobre a função stéreo, mas de longe foi a que mais me agradou. Não é todo mundo que pode em um palco montar dois amps, mas com certeza vale o esforço utilizar numa bela gravação pois o resultado é lindo demais. Lembra até um pouco uma Caixa Leslie. O som é cristalino, não modifica a nitidez nem o volume comparado com o instrumento em bypass. Em relação ao modelo antigo notava-se uma redução mínima no volume e o som ligeiramente mais abafado, mas ainda assim era um baita tremolo. Para o preço que custa vale muito o investimento, cerca de 80 Dólares. Para quem leva esse efeito a sério, esse é o pedal.

Para não ficar devendo, segue um som:

Achados do Gambiarras

 

Estou abrindo uma nova sessão no blog. Sei que é impossível um site reunir todas as informações sobre guitarra que existem. Esse site tem um foco muito específico no mundo da guitarra, mas navegando pela internet acabo encontrando sites muito legais com outra visão e conteúdo e acho muito bacana compartilhar com vocês por aqui. O achado do mês é o “Iniciante na Guitarra”. O blog tem um ótimo conteúdo para quem quer começar na arte de tocar guitarra e vem com dicas e truques ótimos para você não iniciar com o pé esquerdo. Fica aqui a dica e mesmo quem já é mais experiente no assunto com certeza vai encontrar informações básicas que não tinha conhecimento antes.


Bypass Eletrônico

Muito se fala disso por aí, mas resolvi continuar falando. Algumas pessoas me questionaram sobre alguns reviews que faço de pedais e sempre bato na tecla do bypass eletrônico. É difícil no mercado de pedais populares encontrar o tão amado true bypass. Sai mais barato para as empresas gastar com um circuito de acionamento do que em uma única chave. Também a vida útil desse sistema é muito maior já que usam botões de pressão de contato único que duram tanto quanto o botão de um mouse.
Sempre falo no problema dos bypass eletrônicos “comerem” sinal. Isso não é uma constatação minha, é realmente um fato. Também é verdade que muitos pedais com true bypass e descuido na utilização de cabos ruins ou longos também faz perder o sinal. Mas no primeiro caso existem prós e contras muito particulares. Ele tira qualidade do sinal mas mantém este sinal em “boa forma” por várias barreiras e metros de cabo, uma vez que normalmente vem agregado um circuito de buffer. A partir de três pedais a coisa fica mais séria e nota-se claramente ao tocar com som limpo a redução na definição do som, o que nos leva a abrir mais agudos no amplificador e consequentemente puxar só ruído e um som mais metalizado.
Foi pensando nessa conversa que resolvi pegar dois pedais muito tradicionais no mercado e fazer um simples teste. Ligar num osciloscópio e medir o sinal entrando direto no aparelho e depois passando pelo bypass dos pedais. O teste foi feito com um osciloscópio e um gerador de funções.
Os pedais escolhidos foram da BOSS, um SD-1 e um BD-2 e foram ligados com baterias.

Ambos apresentaram o mesmo resultado ligados separadamente ao osciloscópio:

Mesmo o sinal passando por apenas um pedal é nítido o resultado que dá. Perde um pouco mais de força e a onda fica ligeiramente mais “embaçada”, o que ao tocar notamos na definição e brilho do som.
Com os dois pedais ligados em série notamos o começo do grande estrago que pode fazer no nosso som:

Tudo vai depender do uso que você dá para os seus pedais. Tá… Mas e aqueles caras com 10 pedais como se viram? Muitos guitarristas usam na boa muitos pedais e resolvem o problema dividindo em dois ou mais blocos ligados a um a/b box que ao ser acionado faz um true bypass da guitarra diretamente para o amp.

É uma solução simples e barata para o problema e eu recomendo. Não vejo o bypass eletrônico como um vilão ou um bicho de 7 cabeças. Tudo depende do que vamos utilizar no set e fazer um planejamento de como obter o melhor som sem ter dores de cabeça com ruídos e perdas de sinal.

Pedais Red Witch – Seven Sisters

Encontrei por acaso a marca e os pedais na internet no mês passado e fiquei muito interessado no assunto. A marca red witch tem uma linha pequena mas muito curiosa de pedais, principalmente da série Seven Sisters, que conta com pedais minúsculos que cabem na palma da mão e recebem nomes de mulheres, as sete irmãs.

Além de pequenos e bonitos com true bypass e com algo que achei a sacada das sacadas. Todos da linha possuem uma bateria interna de iões de lítio que dura aproximadamente 300 horas e tem uma vída útil de mais ou menos 500 recargas! Acaba a fiarada de fontee não precisa ficar trocando pilhas. Basta uma carga de algumas horas e você tem todo um set de pedais pronto para ensaios, shows e gravações. A grande vantagem que vejo nisso tudo é o ruído zero. Na bateria não dá ruído. Você elimina os fios e os ruídos. Se der ruído, está vindo de outro lado. A linha com 7 pedais inclui compressor, overdrive, fuzz, boost, tremolo, distorção e delay. Tudo o que qualquer guitarrista precisa. Sobre a qualidade, ao menos os vídeos mostram que os pedais são muito bons. Atualmente só conheço uma loja no Brasil que vende a marca que é a Dodô Audrin Store.
Quando tocar em um faço o meu review, mas pelo conceito merece o post.